Súbito, percebera algo
que o incomodou: Na mesa com 5 presentes, dos quais 3, incluindo ele mesmo,
eram homens, e 2 eram mulheres, tudo já estava premeditadamente combinado para
depois do fim daquela garrafa de vinho: Sairiam em casal e ele não estava
incluso nessa. – "Estou
sobrando" – concluiu. Porém, fez de conta que não sabia
e continuou a interagir com todos. Após fazer um comentário jocoso, constatou que
uma das moças era dona de um sorriso ímpar, intrigante, belo, hipnotizante, e,
de imediato, soltou o comentário: – “Que sorriso lindo. Eu seria capaz de ficar
aqui parado para sempre, apenas olhando você sorrir!” –. A moça corou a
bochecha, e, acanhada, limitou-se a responder: – “Obrigada. Você é muito gentil!”. Rápido na resposta, o rapaz
redarguiu: – “Eu que agradeço por nos brincar com seu sorriso
maravilhoso!” –. Olhou para o lado e notou que o futuro par da
moça não havia gostado de seu comentário; educadamente se despediu de todos e
partiu. A moça do sorriso já não queria seu futuro par.
Um pequeno canto de leituras, com crônicas, contos, "contos de um parágrafo só" e artigos de opinião de um ainda jovem escritor. Nas crônicas retrato um episódio do meu cotidiano que chamou minha atenção; os contos refletem a vida, em sua face mais real, e, por vezes, trágica; talvez um novo gênero literário, os "contos de um parágrafo só" mostram a visão do amor, da paixão. Verba volant, scripta manent.
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