Pensou, pensou,
e pensou. Queria, a todo custo, encontrar um elogio – para arriscar um
galanteio – à altura daquele rosto que, segundo sua definição inconsciente de
beleza, era perfeito. “Linda, perfeita, maravilhosa e afins” conseguiu imaginar
e continuou calado. Concluiu que eram demasiadamente grosseiros, quiçá
ofensivos, àquela beleza. Era um perfeccionista e preferiu manter-se de boca
fechada a escolher a palavras errada. Decidiu continuar sentado e calado,
apenas olhando a moça. Parecia injusto Deus ceder tanta beleza a um ser humano
só.
Um pequeno canto de leituras, com crônicas, contos, "contos de um parágrafo só" e artigos de opinião de um ainda jovem escritor. Nas crônicas retrato um episódio do meu cotidiano que chamou minha atenção; os contos refletem a vida, em sua face mais real, e, por vezes, trágica; talvez um novo gênero literário, os "contos de um parágrafo só" mostram a visão do amor, da paixão. Verba volant, scripta manent.
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