Fui à janela olhar o tempo e vi uma forte chuva cair. Os pingos
caiam na telha com harmonia e precisão dignas de uma orquestra. O vento gelado
que soprava fez-me tiritar e senti um arrepio que eriçou os pelos do corpo
todo. Experimentei certa melancolia por estar preso dentro de casa, sem
esperança de sair. Resolvi voltar para a sala e, quiçá, assistir um filme,
afinal, o clima pedia um filme. Abri a porta da sala e a vi deitada no colchão
que havíamos posto no chão. Ela estava deitada de lado, com uma diáfana coberta
que me permitia ver toda a sua silhueta. E como ela era sensual! A moça, então,
virou-se para mim, puxou a diáfana coberta – numa sugestão para que eu deitasse
– e disse: “volte para o colchão”. Assim que falou, deu um sorriso que me
corrompeu. Pedi a Deus para que chovesse por uma semana sem parar.
Um pequeno canto de leituras, com crônicas, contos, "contos de um parágrafo só" e artigos de opinião de um ainda jovem escritor. Nas crônicas retrato um episódio do meu cotidiano que chamou minha atenção; os contos refletem a vida, em sua face mais real, e, por vezes, trágica; talvez um novo gênero literário, os "contos de um parágrafo só" mostram a visão do amor, da paixão. Verba volant, scripta manent.
Uaaaaaal!!! que lindo! o autor desse blog deve ser o último dos românticos!
ResponderExcluirrealmente muito lindo o texto, é uma mistura de conto com poema! achei genial!! parabens e continue assim, não pare de escrever!
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